Estoril 0 - 1 Sporting (12ª Jornada de Juniores)
Paim constroi, Carriço destroi.
Sporting e Estoril defrontaram-se num jogo sem grande drama ou emoção e que consistiu de 2 partes distintas. Nos primeiros 45 minutos o Sporting pareceu confuso e sem plano de ataque, os Leões alternavam entre um 4-1-2-3 assimétrico e um 4-1-4-1 com pouca elasticidade no desenvolvimento de jogadas de ataque.
É certo que a equipa forasteira mandava no jogo mas era um dominio que nada rendia, o Sporting evidenciava um meio campo gordo e um sector de finalização magro, sem grande surpresa este desiquilibrio entre os 2 sectores permitiu ao Sporting ter uma posse de bola bastante saudável e bastante criatividade, mas chegada a altura de concluir as jogadas de golo a equipa falhava sempre por falta de desdobramento ofensivo do seu meio campo que deixava Ricardo Nogueira muito sozinho na frente.
O Sporting a nivel de sector defensivo e criativo manteve-se razoavelmente fiel ao seu sistema táctico habitual mas ofensivamente desta vez deixou Fábio Paim no banco e começou com Alison Almeida na ala direita mas com este a desdobrar-se em diagonais para 2º ponta de lança, e André Pires mais próximo da ala esquerda mas sem ser um extremo puro, e ainda com Adrien Silva a jogar como unidade de transição posicionada a interior direito. Eventualmente começou a acontecer um jogo de reposicionamentos no qual André Pires alinhava como falso extremo esquerdo mas quando Alison mudava para a esquerda era Adrien Silva que se deslocava do meio para direita, e André Pires reposicionava-se a interior direito. Portanto o Sporting jogou toda a primeira parte com um extremo puro e 2 falsos extremos que se revezavam.
De facto esta "invenção" táctica pareceu confundir os próprios jogadores Leoninos devido à assimetria que isto causou aos flancos do Sporting que se viu forçado a canalizar todo o seu jogo pelo flanco de Alison Almeida e muitas vezes até o próprio Ricardo Nogueira descaia para o flanco oposto ao ponto de em algumas situações o Sporting jogar em 4-1-5-0 com um meio campo excessivamente lotado, preso e confuso, e com um ataque que "coxeava" constantemente de um dos lados.
Em toda a primeira só mesmo 2 jogadas de perigo óbvio, aos 27 minutos o Capitão Daniel Carriço quase finaliza um canto efectuado por João Martins numa jogada que parecia certa de dar golo, e aos 43 minutos Tiago Pinto bate um canto e a bola mais uma vez passa mesmo à frente do Keeper Estorilista mas Alison Almeida falha mais um golo certo quando falha o seu cabeceamento.
Na 2ª parte o Sporting entrou mais decidido e depressa imprime um ritmo muito mais rápido ao jogo, e entre o minuto 45 e 65 o jogo foi sempre jogado no meio campo Estorilista à medida que o Sporting o pressionava e não permitia que a bola sai-se daquela zona.
Aos 55 minutos o Professor Luis Martins fez entrar o extremo Fábio Paim e o médio João Gonçalves para o lugar de André Pires e Adrien Silva e o Sporting mágicamente reconverte-se num 4-1-2-3 puro com 2 extremos (Paim e Alison) bem defenidos e partir dai a equipa transfigurou-se, e o Sporting começou a mandar ainda mais no jogo mas agora com o bónus de criar situações de golo umas após outras com Fábio Paim e Yannick Pupo a brilhar e a desiquilibrar.
Yannick Pupo começava agora a jogar mais adiantado e solto no meio e a subir mais pelo eixo central para complicar bastante a vida ao trinco estorilista e até mesmo aos centrais. Enquanto isso Fábio Paim vai-se fixando na ala esquerda e como é seu hábito sempre que entra a suplente entra com uma genica enorme e num abrir e piscar de olhos começa a "brincar" com o lateral direito do Estoril passando por ele com fintas mágicas e dribles estonteantes que até arrancavam aplausos dos adeptos Estorilistas que se rendiam aos seus "pézinhos mágicos".
À medida que o Sporting ia somando oportunidades de golo ia-se tornando evidente que quem mais brilhava na equipa da casa era o seu Guarda-Redes Guilherme que em várias ocasiões defendia remates ou segurava bolas vindas de cantos com uma frieza muito acima da média.
Apesar de agora possuir uma maior dinâmica ofensiva mesmo assim tornava-se cada vez mais óbvio que se a equipa visitante fosse capaz de marcar um golo teria de ser numa situação de bola parada, e astutamente os Leões foram ganhando cantos após cantos e começaram a enviar toda a "artilharia pesada" para a àrea, e assim Daniel Carriço, Marco Lança, e Ricardo Nogueira todos foram tentando a sua sorte até que ao minuto 68 Daniel Carriço finalmente alevia a ansiedade colectiva da sua equipa ao desferir o golo que traria tranquilidade aos seus colegas.
Ao minuto 79 o Sporting sacrificou Alison Almeida para fazer entrar o médio André Santos e assim dar maior densidade ao seu meio campo, e efectivamente colocar "gelo" no impeto ofensivo do Estoril que nos últimos minutos sentindo o nervoso miudinho dos Leões bem tentou causar uma surpresa mas nada que pudesse impedir os Leões de acumular a sua 11ª vitória consecutiva.
André Figueiredo
Daniel Carriço durante o aquecimento
Os nossos iniciados a presenciar o jogo dos Juniores
Boca do Inferno
5 Comments:
Amanhã, Domingo 26 de Novembro os Juvenis jogam em Alcochete contra o Beneditense, o jogo começa às 11:00.
André
11 vitorias consecutivas???? será que ainda acham esta equipa fraca???? Talvez.....
não há nada de mais....11 vitorias consecutivas é record da prova! Isso meninos é continuar a dar neles! Vocês são o nosso orgulho!!! agora abram os olhos que a inveja é mais que muita .....
Qualquer dia têm de vos desfalcar para vos impedir de ganhar....porque eu faço ideia das comichões que isto provoca em alguns......ai que comichão!!!
"11 vitorias consecutivas???? será que ainda acham esta equipa fraca???? Talvez....."
Eu acho que sim, a composição do plantel está diferente pois não existe ninguém com as caracteristicas do André Nogueira, Zezinando Correia, David Caiado e Diogo Tavares.
Mas em contrapartida ganharam outros jogadores como Adrien Silva, Bruno Matias, Marco Matias, André Cacito, Vivaldo Arrais mas o plantel ganhou opções para certas posições mas noutras ficou claramente desiquilibrado.
Penso que o plantel acusa muito em particular a falta de um lateral direito com maior dinâmica ofensiva do que Vasco Campos. Quanto ao resto eu acho que é uma questão de se testarem algumas opções como eventualmente testar outro jogador (Marco Matias e Cacito) a Nº9 e dar mais chances ao Bruno Matias e ao Marco de jogar pelas alas.
O João Martins tem dado bem conta do recado mas pergunt a mim próprio quem o substituirá quando ele se lesionar?
Em grande parte a equipa tem ganho estes jogos porque o Professor estabilizou muito a retaguarda e não tem alterado o quarteto defensivo o que tem permitido sobreviver em jogos em que não tem sido fácil marcar golos. A grande virtude no último mês tem sido o facto de practicamente não sofremos golos e vai nos permitindo rodar o emio-campo e ataque e ainda ontem os de 1º ano, André Martins, Adrien Silva e André Santos foram aproveitando, e ainda estiveram mais 3 de 1º ano no banco, Vivaldo, Jorge Abreu e Rui Figueiredo. o Rui Lopes ficou de fora e sentou-se nas bancadas.
André
Ó andré não me patrece que a equipa do ano passado tenha tido 11 jogos consecutivos a ganhar???? pois não??? lá que jogava bem é um facto! lá que ganhou com merito é outro facto...mas esta não pode ser fraca...pode é ser diferente!!! dá valor aos nossos leozinhos por favor caro consócio!!!
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