Box-to-Box Alcochetense resolve final no EstorilSporting alinhou no seu habitual 4-3-3 com João Figueiredo na baliza, Rui Coentrão na lateral esquerda, Flaviano Rosa na direita, Miguel Serôdio na esquerda do eixo e André Oliveira na direita. O médio defensivo foi Afonso Taira, Mauro Antunes como médio interior esquerdo organizador de jogo e Danilo Serrano como interior direito box-to-box. Na ala esquerda estava Tiago Cerveira, na direita Altair Júnior e liderando o ataque Sportinguista estava João Couras. O Nº10 do Atletico depressa evidenciou ser um jogador acima da média na sua equipa, em termos de potência muscular era um atleta diferente tanto a actuar pelo meio ou quando encostava mais ao flanco, em termos de capacidade técnica também mostrou pormenores interessantes para complementar a sua óbvia força física.
No Sporting um elemento que começou cedo a dar nas vistas foi o médio-centro Danilo Serrano que apesar de ser extremamente útil na filtragem de jogo adversário na linha média ele assume a sua verdadeira importância quando sobe no terreno pelo eixo central seja para tentar o seu remate de meia distância ou para surgir na área quando Couras arrasta consigo os centrais adversários. Não se trata de um jogador muito rápido, mas é possuidor de alguma robustez fisica, e acima de tudo é um jogador muito combativo e pressionante quer a atacar ou a defender.
Aos 2 minutos o Sporting disparava a 1ª salva ao largo da nave Madrilena, era apenas um aviso do que estava para vir. Ao fim de 5 minutos a partida estava equilibrada, mas o Sporting tinha amealhado mais oportunidades reais de golo, enquanto o Atletico parecia sobreviver ofensivamente às custas de Monday Ajayi (Nº10). Apenas 1 minuto depois surge o primeiro contratempo quando Couras está na linha lateral debruçado para a frente dando a indicação que se sente indisposto, Peter Caraballo de imediato começa o aquecimento atrás da linha de fundo, mas o jovem Couras recupera e regressa ao relvado 2 minutos depois de ter saido. Enquanto Couras estava fora o Sporting mesmo com 9 jogadores de campo conseguiu gerir o jogo e manter os Madrilenos em sentido, muito graças aos raides de Cerveira na esquerda seguidos pelas suas já características diagonais nos últimos 25 metros, rápido, desequilibrador, raçudo e difícil de conter sem recorrer à falta. Cerveira para além da sua capacidade atlética e técnica parece ser um jovem extremamente sereno, sério e sem tendência para grandes euforias nem grandes depressões. Apesar de ser das unidades que mais enxaquecas provoca aos adversários é também dos primeiros a ajudar a defender embora por vezes acerte mais no adversário do que na bola o que de imediato merece uma correcção por parte do seu Mister.
A nível de cantos Altair batia os da esquerda com o seu pé direito e Coentrão os da direita com o seu esquerdo. Luís Gonçalves mais do que uma vez pediu aos seus atletas para serem mais expeditos nas transições ataque-defesa onde repetidas vezes pediu a Altair para descer no terreno (terá dito isto uma dúzia de vezes nos últimos 3 jogos) e lembrou constantemente a Taira para recuar e preencher os espaços entre os centrais e Antunes-Danilo. A nível ofensivo a ala esquerda do Sporting é de luxo, Coentrão e Cerveira emprestam muita qualidade, mas quando é necessário defender também não se fazem rogados e nestas ocasiões Mauro Antunes encosta mais na esquerda para dar maior consistência defensiva. Na direita Altair tem muita técnica, mas não é tão pressionante (nem no ataque nem na defesa) como Cerveira. Flaviano Rosa não é um lateral minimamente tão ofensivo como Coentrão, mas a jogar na contenção revela-se como um elemento sólido e é também monopolizador no que diz respeito aos lançamentos de linha lateral embora nem sempre consiga descortinar qual a melhor opção.
Ao minuto 21 após um passe do avançado centro João Couras é a vez do médio Danilo Serrano inaugurar o “score board”. Menos de 4 minutos depois Flaviano Rosa chega à linha de fundo e cruza para a área onde Miguel Hidalgo faz um corte providencial que acaba por enviar a bola à barra do guardião Madrileno. 1 minuto depois Coentrão bate um canto e Miguel Serôdio quase faz 1 golo de cabeça, nas bancadas a miudagem já canta “Só eu sei”. Com menos de 5 minutos para o intervalo Luís Gonçalves alerta para a necessidade de manter a concentração e segurar este resultado antes de ir para os balneários.
Na 2ª parte o Mister insistiu para que Taira estivesse mais atento ao nascimento do contra-ataque Madrileno e se tivesse que fazer faltas que as fizesse o mais acima possível no terreno de jogo para não entregar de bandeja livres perigosos ao adversário. Couras nunca reentrou em campo após o intervalo e Peter Caraballo já era a referência ofensiva dos Leões quando o árbitro re-iniciou a partida. Ao minuto 42 o Atletico faz um cruzamento para a área que vai aterrar ao lado do 2º poste de João Figueiredo, mas Mauro Antunes depressa se apodera da bola e sai com ela controlada iniciando uma subida pelo corredor esquerdo e vai soltar o esférico para os colegas pouco antes de chegar à linha média, mas a jogada não tem o seguimento adequado. Por esta altura fazia algum vento que por vezes dificultava alguns lances envolvendo jogo aéreo.
Nesta 2ª parte o Nº12 do Atletico Juan Nzang revelou-se como o complemento ideal para Monday, o Nº12 também um atleta de origem Africana é rápido e fisicamente muito forte, ao minuto 45 ele faz uma diagonal da esquerda para o meio e segue para a baliza, Nzang ao melhor estilo de Rudolph Douala adianta a bola e Serôdio vem do meio para a direita para interceptar, mas incrivelmente falha o timing do corte e passa por ela, imediatamente a seguir Coentrão também vem da esquerda para a direita e inacreditavelmente também falha o corte, logo de seguida Nzang está quase a apanhar o esférico que havia adiantado, mas João Figueiredo vai buscar a bola primeiro. Pouco depois a bola surge na área Madrilena, mas Altair apanha um ressalto de bola e remata (sem muita força) e o guardião forasteiro apara o remate à queima roupa.
Luís Gonçalves decide retirar de campo Flaviano Rosa e faz entrar o robusto central João Freitas para a posição de lateral direito. Ao longo do jogo tornou-se óbvio que o Sporting tinha melhores jogadores e melhor colectivo, acima de tudo o Sporting parecia ser uma equipa mais experiente e habituada a jogos desta intensidade e à cultura de vitórias, o Atletico por seu lado tinha 3 individualidades que faziam a diferença, mas de resto era uma equipa jovem e não se percebe como o Futebol Clube do Porto não conseguiu resolver este puzzle no dia anterior. O cronometro marcava 49 minutos de jogo quando o "Atleti" (com uma bela falange de apoiantes nas bancadas) tem a sua oportunidade de ouro quando Monday sobe pela esquerda, cruza para a área e Nzang remata ao lado do poste, é certo que a bola não ia entrar, mas foi uma jogada rápida na qual a força física e velocidade dos 2 Africanos (trocaram várias vezes de posição) esteve em evidência. Nos 5 minutos que se seguiram o Sporting pareceu ficar um pouco enervado, Altair em particular fez alguns tackles mais arriscados o que levou o seu treinador a apelar à calma.
Luís Gonçalves prepara-se para retirar Danilo Serrano por troca com Sérgio Duarte, o Delegado de jogo Alberto Fernandes está a preparar a substituição, mas não vai a tempo de impedir Danilo de marcar o 2º tento da sua equipa após passe de Mauro Antunes. Após este 2º golo o Atletico mirrou animicamente e com as marcações agora mais relaxadas Altair começou a dar espectáculo nos últimos 20 metros na direita à imagem do que tinha feito no jogo anterior Vs Benfica. O Sporting com calma controlou o jogo até ao apito final embora tenha dado a ideia que com mais 5 minutinhos e um pouco mais de "gula" os Leões podiam ter chegado ao 3º golo porque "Los Colconheros" estavam mesmo a a sofrer de fraqueza animica. E assim terminou o torneio para os Leões que no final ainda tiveram que suportar mais 3 prémios, Altair Junior foi o jogador do torneio, Couras o melhor marcador e Mauro Antunes aceitou em nome do grupo de trabalho o prémio de equipa mais disciplinada.
Destaque fotográfico para o "gesto técnico perfeito" (TM Gabriel Alves) com que Altaír Jr com uma carga de ombro direito (e uma assistência de mão esquerda de João Freitas) escavacaram a Taça Estoril Foot 2007. Destaque também para a
satisfação incontida de Flaviano Rosa perante a tragédia que se abateu sobre o precioso Trofeu.
Está partido? Então oferece ao Vítor!!!Faz como eu digo e não faças como eu faziaDaniel Pereira levanta a FruteiraPrémios InfantisPrémios EscolinhasConstituição das equipasFogo de LeãoPara quem ainda não sabe, o defesa central
Nuno Reis (Juvenil B do Sporting) foi eleito o melhor jogador do Torneio Sub-16 em Santarem, e o extremo esquerdo
Januário Jesus (Juvenil B do Sporting) foi considerado o homem do jogo VS Holanda.
O avançado
Wilson Eduardo dos Juvenis A Leoninos foi considerado homem do jogo VS França. O Wilson fez assistência para o golo do
Rui Ferreira Vs Alemanha no Domingo e marcou o golo (assistência de
Rui Fonte?) de honra de Portugal VS França na Terça-Feira. Não percebi as criticas a WE sobre as suas prestações nos primeiros 2 jogos no Torneio Internacional do Algarve, não esteve fantástico, mas não esteve mal, nada que se pareça.
Para mim o Wilson é dos melhores jogadores que Portugal tem a nível de Sub-17, e só o vi fazer um jogo fraco esta época, foi quando Vs Benfica (em Alcochete) ele começou o jogo como extremo esquerdo onde claramente rende menos. As prestações que mais gostei de ver no Algarve foram do
Ruca e
Leandro Vs Alemanha.
Bancada em GuiaDiogo Viana em sprintQuase na linha de fundoA PortuguesaCafé com Leite na linha lateralAndré Figueiredo