Luso Football

Blog dedicado às Camadas Jovens/Futebol de Formação do Sporting Clube de Portugal.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Guerra Fria, 5º Round (Sábado 2 de Dezembro)



4 jogos de João Couto à frente dos Juvenis do Benfica, 4 vitórias, 26-0 em golos:

Benfica 1 - 0 União de Leiria (7ª jornada).
Cultural da Pontinha 0 - 3 Benfica (8ª jornada).
Benfica 16 - 0 Desportivo da Castelo Branco (9ª jornada).
Benfica 6 - Loures (10ª jornada).

Sporting já defrontou 3 dessas equipas:

União de Leiria 1 - 2 Sporting (5ª jornada).
Sporting 6 - 0 Desportivo de Castelo Branco (6ª jornada).
Sporting 8 - 0 Loures (1ª jornada)

Total de 16-1 em golos. E curiosamente vamos defrontar este Sábado o Cultural da Pontinha (4º classificado) e partir desse momento já teremos defrontado todas as equipas que João Couto já enfrentou ao comando dos Juvenis do Benfica.

O Benfica por seu lado este FDS vai enfrentar o Belenenses (3º classificado) ao Restelo, o Sporting já jogou em Belém na 7ª jornada e ganhou 3-0.

Os Juvenis Benfiquista já por si são uma boa equipa, o ano passado na fase final estavam em igualdade de pontos com o Sporting e só foram batidos em goal avg. Este ano alguns desses Juvenis fizeram a transição para Juniores de 1º ano e a equipa de Juniores do Benfica apesar de bastante jovem tem tido resultados que demonstram que com mais um ano de crescimento podem ser uma força a ter em conta. Os Juvenis Benfiquistas de 06/07 mesmo antes da chega de João Couto já tinham dado provas de que tinham valor e foram comandados da 1ª até 6ª jornada pelo Mister Alexandre Silva que já passou pelo Sporting (e pelo Vitória de Setúbal), e que nas primeiras 6 jornadas conseguiu 3 vitória e 3 empates:

Empataram fora com o Alverca 1-1, e esse mesmo Alverca depois conseguiu empatar 2-2 com o Sporting em Alcochete.
Empataram em casa com o Sporting 0-0.
Empataram fora com o Entroncamento (CADE) 0-0, e depois o Sporting foi ganhar fora com o Entroncamento (CADE) 2-0.

Neste momento em 10 jogos o Sporting tem 8 vitórias e 2 empates e o Benfica 7 vitórias e 3 empates. O Sporting vem de 3 vitórias e 1 empate com um total de 13-2 em golos, e o Benfica de 4 vitórias seguidas com 26-0 em golos.

Adversário do Sporting será o Cultural da Pontinha que tem 19-12 em golos.
Adversário do Benfica será o Belenses que tem 29-9 em golos.

O Benfica está 2 pontos atrás do Sporting desde 12 de Novembro quando o Sporting "vacilou" Vs Alverca e neste momento seguramente ou um ou outro vai "pestanejar", e a distância vai encurtar ou alongar nesta "Guerra Fria" de atrito em que alguém mais cedo ou mais tarde vai tremer, vem ai um FDS em que Sporting e Benfica (1º e 2º classificado) defrontam oponentes sólidos (4º e 3º classificados respectivamente) fora de casa.

Nesta últimas 4 jornadas o Mister João Couto utilizou 16 jogadores diferentes nos seus 4 XIs iniciais, e 19 no total contando com substituições:

Hugo Figueiredo, Valdo Águamel, Abel Pereira, Abdel, Ricardo Caetano, Leandro Pimenta, Arthur Lourenço, Vitor Pacheco, Rui Ferreira, João Carmo, David Simão, André Soares, Diogo Freire, João Pereira, Tumani, Pedro Eugénio, André Silva, Ricardo Semedo e Nelson Oliveira.

Nesta últimas 4 jornadas o Mister Luis Dias utilizou também 16 jogadores diferentes nos seus 4 XIs iniciais, e 18 no total contando com substituições:

Pedro Miranda, Vasco Oliveira, Pedro Mendes, Bruno Simões, Michael Santos, Diogo Amado, André Sousa, Diogo Rosado, Wilson Eduardo, Januário Jesus, André Gonçalo, Nuno Silva, Luís Andrade, André Martins, Luís Resende, Diogo Viana, Cedric Soares, Rui Magalhães.

Quem está atrás está sempre com ansiedade de chegar à frente, e quem está à frente tem receio de escorregar e ser apanhado portanto ninguém está isento de pressão mas históricamente a ansiedada tem tendência para trair quem persegue e não quem foge.

Veremos quem vai vacilar primeiro, independentemente do momento de forma das respectivas equipas, qualidade dos planteis e capacidade dos treinadores existe ainda a ter em conta o factor ansiedade e capacidade de lidar com a pressão, e alguém terá que escorregar mais cedo ou mais tarde.

Campeonato Nacional:

2 de Dezembro (Sábado), Juvenis A, 11ª jornada.
Cultural da Pontinha (4º classificado) Vs Sporting (1º classificado).
15:00, Campo do Cultural da Pontinha.

3 de Dezembro (Domingo), Iniciados A, 12ª jornada.
Loures (11º classificado) Vs Sporting (1º classificado).
11:00, Campo José Silva Farias, Loures

3 de Dezembro (Domingo), Juniores, 13ª jornada.
Sporting (1º classificado) Vs Belenenses (4º classificado).
15:00, Campo Nº1 da Academia de Alcochete.



André Figueiredo

Nani na "World Soccer" e Boloni em "A Bola"







André Figueiredo

terça-feira, novembro 28, 2006

Juvenis após 10 jornadas


Luís Andrade, Diogo Amado, Pedro Mendes e Bruno Simões


Campeonato de Juvenis após 10 jornadas (800 minutos):

Pedro Mendes, 781 minutos.
Wilson Eduardo, 781 minutos.
Bruno Simões, 778 minutos.
Diogo Rosado, 740 minutos.
Michael Santos, 688 minutos.
Diogo Amado, 673 minutos.
Luís Resende, 585 minutos.
André Martins, 474 minutos.
Luís Andrade, 469 minutos.
Pedro Miranda, 400 minutos.
Nuno Silva, 400 minutos.
André Gonçalo, 397 minutos.
André Sousa, 350 minutos.
Januário Jesus, 344 minutos.
Vasco Oliveira, 304 minutos.
Cedric Soares, 252 minutos.
Diogo Viana 137 minutos.
Filipe Paiva, 80 minutos.
Rui Magalhães, 70 minutos.
Joshua Silva, 58 minutos.
Diogo Ribeiro, 20 minutos.
Frederico Oliveira 19 minutos
André Monteiro, 0 minutos.
Hugo Fernandes, 0 minutos.
Luis Carlos, 0 minutos.

Goleadores:

Wilson Eduardo, 8 golos (em 781 minutos).
Luís Andrade, 5 golos (em 469 minutos).
André Gonçalo, 4 golos (em 397 minutos).
Diogo Amado, 4 golos (em 673 minutos).
Diogo Rosado, 4 golos (em 740 minutos).
André Martins, 3 golos (em 474 minutos).
Diogo Viana, 2 golos (em 137 minutos).
Joshua Silva, 1 golo (em 58 minutos).
Rui Magalhães, 1 golo (em 70 minutos).
Januário Jesus, 1 golo (em 344 minutos).
André Sousa, 1 golo (em 350 minutos).
Luís Resende, 1 golo (em 585 minutos).

Guardiões:

Pedro Miranda, 1 golo sofridos em 400 minutos.
Nuno Silva, 5 golos sofridos em 400 minutos.

Indisciplina:

Rui Magalhães, 1 Cartão Amarelo (em 59 minutos).
André Gonçalo, 1 Cartão Amarelo (em 235 minutos).
Diogo Amado, 1 Cartão Amarelo (em 320 minutos).
Diogo Rosado, 1 Cartão Amarelo (em 364 minutos).

A equipa tipo começa a tornar-se óbvia:

1 - Pedro Miranda.

2 - Luís Resende.
3 - Pedro Mendes.
4 - Bruno Simões.
5 - Michael Santos.

6 - André Martins.
8 - Diogo Amado.
10 - Diogo Rosado.

7 - Luís Andrade.
11 - Januário Jesus.
9 - Wilson Eduardo.



André Figueiredo

domingo, novembro 26, 2006

Sporting 6 - 0 Beneditense (10ª Jornada de Juvenis)



O Sporting apresentou um XI de luxo no dia em que tinha que defrontar o Beneditense, é certo que os forasteiros eram os últimos classificados da Série C mas mesmo assim tinham conseguido a proeza de marcar pelo menos 1 golo em todas as jornadas até então.

O Sporting alinhou com o seu 4-1-2-3 habitual mas com o trinco Diogo Amado e o médio centro André Sousa a trocarem várias vezes de posição para assim melhor confundirem o trinco do Beneditense que bem tentava conter o avanço da "casa das máquinas" verde a branca.

Depressa se tornou óbvio que independentemente do score final ser gordo ou magro a verdade é que em campo existia uma enorme diferença de qualidade. O Sporting não fazia de maneira alguma um jogo brilhante mas mesmo assim 2 coisas eram claras, o Sporting disputava bolas divididas com mais convicção, e a velocidade dos jogadores, e do colectivo Leonino era claramente superior aos visitantes.

A 1ª parte terminou 1-0 a favor dos da casa mas o Sporting sem exagero rematou à baliza adversária 20 vezes e fez sómente um golo enquanto o Beneditense nem um único remate conseguiu expressar. O modelo de jogo dos Juvenis é idêntico ao que se vê nos Juniores e Iniciados, e raramente se afasta dele independentemente das caracteristicas dos jogadores que constituem o XI.
É deveras estranho ver um jogador como Wilson Eduardo demonstrar tanta generosidade nas suas movimentações ao estar disposto a jogar num "envelope" com uma profundidade de 50 metros ao descer da àrea à linha média, e a jogar de flanco a flanco. Isto rouba o Sporting de presença constante na àrea mas ganha ao adicionar mais um elemento ao seu meio-campo que essencialmente quando Wilson desce e os extremos recuam passa a jogar com 6 elementos que sufocam os médios adversários.
Mas quando chega a altura de se desdobrarem no ataque o Sporting aposta muito na sua rapidez de colocar a bola na àrea e a velocidade de Januário Jesus, Luis Andrade e Wilson Eduardo de acelararem de volta para o sector ofensivo para concluir a jogada, o que nem sempre funciona devido a erros de timing ou de ansiedade.

Sem grande espanto o Sporting nem sempre se desdobra com a destreza necessária para aproveitar as suas recuperações de bola e converter as mesmas em jogadas de perigo, este Sporting assenta o seu jogo ofensivo muito à volta da capacidade do seu tridente ofensivo de se mover entre o meio-campo e o sector finalizador porque de resto o Sporting nunca joga com unidades fixas no ataque, os flanqueaores trocam de posição e o Nº9 joga em toda largura e profundidade da àrea adversária.

Após vários falhanços de finalização dos seus companheiros teve que ser o lateral direito Luís Resende aos 28 minutos a acelarar para dentro da àrea numa diagonal, e quando o Keeper tentou fazer a mancha o Luís foi egoista ao ponto de não tentar passar a bola e ele mesmo fuzilou o 1º golo.

Curiosamente o Sr Domingos (Speaker que se ouve nos altifalantes da Academia, e que gosta muito de fazer prognósticos) tinha para hoje adivinhado que seriam 7-0 (ele raramente falha nas previsões) e já eu o estava a chatear quanto aos 7-0 quando o Resende "espeta" o primeiro, sem grande surpresa logo tive que ouvir "meu amigo, agora só faltam mais 6", olhei para o cronómetro e faltavam 52 minutos e a este ritmo de falhanços e jogadas perdidas eu disse que "sempre quero ver isso", e mantive a minha aposta num 4-0.

Aos 40 + 1 minutos Wilson Eduardo é derrubado na àrea e como me foi explicado pelo Mister, quem sofre a falta é quem converte o penalty. Wilson tenta mas é muito denunciado e fácilmente defendido, segundo me contaram já na jornada anterior tinha acontecido exactamente o mesmo a WE9.

O Sporting foi a ganhar 1-0 para o intervalo mas coleccionava remates falhados (alguns não representavam qualquer perigo) e tendência para rematar excessivamente, e mal mas nada de preocupante pois o Sporting não perdia muitas vezes a bola e quando a perdia simplesmente ia roubar a mesma ao prevaricador ao ponto de se tornar ridiculas as tentativas do Beneditense de roubar bolas pois nunca as mantinham em sua posse mais que 4 passe seguidos, e eram muito "macios" a proteger, e a disputar a bola.

Aos 40 minutos sai Januário Jesus que estava a fazer um jogo normal. mas não particularmente inspirado e entra o trinco André Martins, a partir daqui o Diogo Rosado vai para o flanco, e André martins enquadra-se no trio de médios juntamente com Amado, e André Sousa onde vão rodando pelas 3 posições, mas com André Martins mais na posição Nº6.

Pouco passava dos 50 minutos, e começei a pensar em voz alta "7-0? Olhe que só faltam 30 minutos e só marcaram 1". Como que pré-osquestrado não é que os Leões após eu questionar o Senhor Domingos desataram a marcar golos? Aos 55 minutos Diogo Rosado é chamado a converter um livre fora da àrea, e de pé esquerdo converte uma "beleza" de golo, técnica excepcional deste jovem que fez um um bom jogo, e parece cada vez menos um "operário", e cada vez mais um desiquilibrador que combina muito bem força fisica e tecnicismo fora do comum para um jogador da sua envergadura fisica. O Diogo parece também estar mais magro, e com maior mobilidade do que em outras jornadas.

Mal tinha acabado de marcar o golo, e Diogo Rosado sai e entra o flanqueador Diogo Viana que depressa se encostou à linha, e agora trocava de flanco ocasionalmente com Luís Andrade.

Aos 58 minutos o "pequenino" Luís Andrade mostra como se faz, e marca mais um bonito golo e subitamente a contagem já vai em 3-0.

Aos 60 minutos sai o central Pedro Mendes, e entra o lateral direito Frederico Oliveira. Acontece então um reposicionamento na defesa em que o lateral direito Luís Resende começa a jogar a central (na direita do eixo) e Frederico Oliveira vai para lateral direito.

Chega o minuto 62, e chega também o 4º golo, marcado por Wilson Eduardo que até então tinha acumulado falhanços desesperantes mas agora finalmente pode suspirar de alivio. Por esta altura o Sr Domingos já sorri (ainda mais) e diz "meu amigo, isto são muitos anos de sabedoria, e olhe que ainda faltam mais 3 para os 7-0".

Aos 65 minutos o médio centro André Sousa (bom jogo) marca o 5º, e eu não hesito em acusar o Sr Domingos de isto ter sido tudo planeado para ele ficar bem visto. Nelson (responsável pela relva) tira-me as palavras da boca quando diz que se os meninos não marcarem 7 depois o Senhor Domingos vai ao refeitório, e diz que não vai haver lanche para ninguém.

Aos 72 minutos André Martins escreve o seu nome na ficha de jogo ao marcar o 6º golo da tarde, e assim ficou até ao fim do jogo numa contenda em que o Sporting rematou apróximadamente 30 a 40 vezes à baliza mas o adversário apenas fez um único remate, e mesmo assim nunca incomodou o Keeper Nuno Silva.

O colectivo pareceu estar razoávelmente mecanizado, e não seria de esperar outra coisa, não fosse este o XI prácticamente ideal tendo em conta os recursos disponiveis, mas ainda pode melhorar bastante com 3 a 6 jogadores de qualidade que estão na periferia da titularidade, e podem discutir um lugar neste XI que apesar do resultado positivo não fez um jogo fora de série, especialmene porque nunca se sentiu ameaçado ou forçado a isso, e não encontrou motivação para carregar mais.
Individualmente ninguém se destacou em particular embora Luís Andrade, André Sousa, Diogo Rosado tenham todos jogado bem, e Michael Santos como de costume é fiável como um relógio suiço. Na minha opinião jogadores como Diogo Amado e Michael Santos já demonstram maturidade suficiente para se necessário se transferirem para o plantel de Juniores.



André Figueiredo


From left to right: Diogo Amado (Capitão), Nuno Silva, Luís Resende, Pedro Mendes, Bruno Simões (Sub-Capitão), Michael Santos, Luís Andrade, André Sousa, Januário Jesus, Wilson Eduardo e Diogo Rosado.


Diogo Rosado (direita) sai e vai entrar Diogo Viana.


Nuno Silva.

sábado, novembro 25, 2006

Estoril 0 - 1 Sporting (12ª Jornada de Juniores)



Paim constroi, Carriço destroi.

Sporting e Estoril defrontaram-se num jogo sem grande drama ou emoção e que consistiu de 2 partes distintas. Nos primeiros 45 minutos o Sporting pareceu confuso e sem plano de ataque, os Leões alternavam entre um 4-1-2-3 assimétrico e um 4-1-4-1 com pouca elasticidade no desenvolvimento de jogadas de ataque.
É certo que a equipa forasteira mandava no jogo mas era um dominio que nada rendia, o Sporting evidenciava um meio campo gordo e um sector de finalização magro, sem grande surpresa este desiquilibrio entre os 2 sectores permitiu ao Sporting ter uma posse de bola bastante saudável e bastante criatividade, mas chegada a altura de concluir as jogadas de golo a equipa falhava sempre por falta de desdobramento ofensivo do seu meio campo que deixava Ricardo Nogueira muito sozinho na frente.

O Sporting a nivel de sector defensivo e criativo manteve-se razoavelmente fiel ao seu sistema táctico habitual mas ofensivamente desta vez deixou Fábio Paim no banco e começou com Alison Almeida na ala direita mas com este a desdobrar-se em diagonais para 2º ponta de lança, e André Pires mais próximo da ala esquerda mas sem ser um extremo puro, e ainda com Adrien Silva a jogar como unidade de transição posicionada a interior direito. Eventualmente começou a acontecer um jogo de reposicionamentos no qual André Pires alinhava como falso extremo esquerdo mas quando Alison mudava para a esquerda era Adrien Silva que se deslocava do meio para direita, e André Pires reposicionava-se a interior direito. Portanto o Sporting jogou toda a primeira parte com um extremo puro e 2 falsos extremos que se revezavam.

De facto esta "invenção" táctica pareceu confundir os próprios jogadores Leoninos devido à assimetria que isto causou aos flancos do Sporting que se viu forçado a canalizar todo o seu jogo pelo flanco de Alison Almeida e muitas vezes até o próprio Ricardo Nogueira descaia para o flanco oposto ao ponto de em algumas situações o Sporting jogar em 4-1-5-0 com um meio campo excessivamente lotado, preso e confuso, e com um ataque que "coxeava" constantemente de um dos lados.

Em toda a primeira só mesmo 2 jogadas de perigo óbvio, aos 27 minutos o Capitão Daniel Carriço quase finaliza um canto efectuado por João Martins numa jogada que parecia certa de dar golo, e aos 43 minutos Tiago Pinto bate um canto e a bola mais uma vez passa mesmo à frente do Keeper Estorilista mas Alison Almeida falha mais um golo certo quando falha o seu cabeceamento.

Na 2ª parte o Sporting entrou mais decidido e depressa imprime um ritmo muito mais rápido ao jogo, e entre o minuto 45 e 65 o jogo foi sempre jogado no meio campo Estorilista à medida que o Sporting o pressionava e não permitia que a bola sai-se daquela zona.
Aos 55 minutos o Professor Luis Martins fez entrar o extremo Fábio Paim e o médio João Gonçalves para o lugar de André Pires e Adrien Silva e o Sporting mágicamente reconverte-se num 4-1-2-3 puro com 2 extremos (Paim e Alison) bem defenidos e partir dai a equipa transfigurou-se, e o Sporting começou a mandar ainda mais no jogo mas agora com o bónus de criar situações de golo umas após outras com Fábio Paim e Yannick Pupo a brilhar e a desiquilibrar.

Yannick Pupo começava agora a jogar mais adiantado e solto no meio e a subir mais pelo eixo central para complicar bastante a vida ao trinco estorilista e até mesmo aos centrais. Enquanto isso Fábio Paim vai-se fixando na ala esquerda e como é seu hábito sempre que entra a suplente entra com uma genica enorme e num abrir e piscar de olhos começa a "brincar" com o lateral direito do Estoril passando por ele com fintas mágicas e dribles estonteantes que até arrancavam aplausos dos adeptos Estorilistas que se rendiam aos seus "pézinhos mágicos".

À medida que o Sporting ia somando oportunidades de golo ia-se tornando evidente que quem mais brilhava na equipa da casa era o seu Guarda-Redes Guilherme que em várias ocasiões defendia remates ou segurava bolas vindas de cantos com uma frieza muito acima da média.

Apesar de agora possuir uma maior dinâmica ofensiva mesmo assim tornava-se cada vez mais óbvio que se a equipa visitante fosse capaz de marcar um golo teria de ser numa situação de bola parada, e astutamente os Leões foram ganhando cantos após cantos e começaram a enviar toda a "artilharia pesada" para a àrea, e assim Daniel Carriço, Marco Lança, e Ricardo Nogueira todos foram tentando a sua sorte até que ao minuto 68 Daniel Carriço finalmente alevia a ansiedade colectiva da sua equipa ao desferir o golo que traria tranquilidade aos seus colegas.

Ao minuto 79 o Sporting sacrificou Alison Almeida para fazer entrar o médio André Santos e assim dar maior densidade ao seu meio campo, e efectivamente colocar "gelo" no impeto ofensivo do Estoril que nos últimos minutos sentindo o nervoso miudinho dos Leões bem tentou causar uma surpresa mas nada que pudesse impedir os Leões de acumular a sua 11ª vitória consecutiva.



André Figueiredo


Daniel Carriço durante o aquecimento


Os nossos iniciados a presenciar o jogo dos Juniores


Boca do Inferno

sexta-feira, novembro 24, 2006

A Guerra Fria. João Couto Vs Juvenis Leoninos.


Reportagem sobre os 16-0 que os Juvenis de João Couto marcaram ao DC Branco, reportagem que saiu na edição de 24 de Novembro do Jornal do Benfica.


3º jogo de João Couto à frente dos Juvenis Benfiquistas, 3ª vitória, e 2 jogos seguidos a utilizar o 4-1-2-3 (utilizou 4-4-2 losango Vs Leiria).

As 3 vitórias de João Couto são:

1-0 ao Leiria em casa, nós ganhámos fora ao Leiria por 2-1
3-0 ao CAC fora, jogamos fora com eles no dia 2 de Dezembro.
16-0 ao DC Branco em casa, nós ganhámos 6-0 ao DC Branco em casa.

Das 3 equipas apenas o CAC está no actual top 6 (5º), o Leiria segue em 7º e o DC Branco está em penultimo (11º) e tem a defesa mais batida da Série C.

Este Domingo (26 de Novembro) os Juvenis do Benfica vão jogar em casa enfrentando os Juvenis do Loures, actual 8º classificado com 13 golos marcados e 21 sofridos (4ª pior defesa da Série C). O Sporting venceu o Loures na jornada inaugural por 8-0 e que até agora representa a derrota mais pesada dessa formação.

Nesse mesmo dia os Juvenis Leoninos vão jogar também em casa e vão enfrentar os Juvenis do Beneditense, actual último classificado (12º) na Série C com 28 golos (2ª pior defesa da Série C) sofridos e 14 marcados.

Até agora ao fim de 3 jogos João Couto utilizou 15 jogadores diferentes no XI inicial dos seus Juvenis. Nessas mesmo 3 jornadas (7ª, 8ª e 9ª) Luís Dias utilizou 17 jogadores diferentes nos seus 3 XIs iniciais.

Para seguir com atenção.



André Figueiredo

Recap



Reportagem sobre os Juvenis B do Sporting Vs Benfica. Saiu na edição de 24 de Novembro do semanário Desporto Jovem


Reportagem sobre os Iniciados B do Sporting no Campeonato Distrital. Edição de 24 de Novembro do semanário Desporto Jovem


Esta reportagem já tem umas semanas e é referente à 5ª jornada de Juvenis no Campeonato Distrital e saiu na edição de 10 de Novembro do semanário Desporto Jovem




André

domingo, novembro 19, 2006

Sporting 8 - 0 Corroios (10ª Jornada de Iniciados)



Num jogo jogado a um ritmo lento, enfadonho, e sem uma grande exibição do colectivo mesmo assim o "Leão" que Luis Gonçalves está lentamente a construir demonstrou qualidade suficiente para demolir um Corroios que nunca chegou a importunar o Sporting em nenhum dos 3 sectores.

Apesar de possuir bons talentos individuais estes iniciados Leoninos até agora deram poucas provas da sua capacidade de poder jogar como equipa devido à ausência de automatismos numa equipa cuja face muda de jornada para jornada devido à grande rotatividade que tem sido implementada pelo seu treinador, que ao fim de 700 minutos de campeonato já conseguiu dar hipóteses a 30 Iniciados diferentes, e nesta ocasião os sortudos debutantes foram o médio Tiago Feiteira e o defesa Josué Silva.

Mesmo sem deslumbrar o Sporting contou com 3 unidades que dão grandes garantias ao colectivo. O central André Oliveira (Sub-Capitão) foi um autêntico "bombeiro", deixou o seu colega de sector João Freitas mais fixo enquanto ele jogava mais solto, rápido e decisivo na antecipação. Cortou jogadas antes destas se tornarem perigosas, fosse no jogo aéreo, tackles cirurgicos ou cortes em carrinho o Sporting podia sempre contar com ele para "anestesiar" o ataque dos forasteiros.

No miolo os Leões tiveram 2 unidades nucleares, o trinco Daniel Pereira, e o médio centro Danilo Serrano que fez um excelente jogo. Daniel Pereira está em todo o lado, fecha o meio, recuperar bolas, sobe até à linha média para empurrar os seus colegas para o ataque, deriva para os flancos para pressionar o transportador da bola adversária. É um trinco que facilita imenso a tarefas dos centrais, e até mesmo laterais ao filtrar o jogo adversário, e perseguindo os prevaricadores para onde quer que se desloquem.

Danilo Serrano esteve em grande evidência, o Nº8 Leonino atacou bastante, e não teve problemas em subir pelo centro do terreno ao ponto de quase se tornar um 2º ponta de lança pois surgia muitas vezes na área quando os centrais já estavam distraidos à procura de Peter Caraballo. Serrano recua para defender, troca bem a bola com David Silva e Mauro Antunes, e um pouco à imagem de Diogo Amado surge muito pelo eixo central dos adversários onde aos 7 minutos numa das suas tipicas incursões inaugurou o marcador.

Altair Junior que geralmente joga a extremo esquerdo desta vez jogou na direita, na faixa esquerda jogou o "pequenino" Nº11 David Silva. Depressa se começa a tornar óbvio que Altair não rende tanto quando pode quando é colocado na ala, apesar de boa qualidade técnica e um excelente passe longo mesmo assim Altair parece ter um défice de velocidade para poder ser um verdadeiro extremo. O Brazileiro transfigura-se quando colocado a Nº10 ou talvez até mesmo como 2º avançado. Nos primeiros 35 minutos Altair pecou pela seu estilo atrapalhado, e incapacidade de desenvolver jogadas quando encostado á linha onde parecia algo "pesado" e claustrofóbico, mas isso não prejudicou em demasia os da casa pois o jogo estava a ser mais canalizado pela esquerda onde estava David Silva.

É certo que o diminutivo extremo David Silva não parecia muito rápido e estava longe de ser possante mas o Sporting à imagem do que faz nos Juvenis e Juniores não joga com um Nº9 fixo e vimos Peter Caraballo muitas vezes descair para os flancos na procura de espaços, e arrastar consigo a atenção dos centrais do Corroios. Para preencher esta lacuna no eixo do ataque o Sporting fazia subir Danilo Serrano pelo meio, e David Silva jogava cada vez mais próximo do corredor central, com várias diagonais para entrar na área.
O Corroios talvez tenha menosprezado o extremo Leonino e dai que aos 24 e 35 minutos ele sem grande oposição tenha feito 2 golos enquanto a oposição se preocupava mais em marcar os "matulões" Caraballo e João Freitas, e não os podemos censurar pois já aos 18 minutos o possante central João Freitas tinha feito um golo após cruzamento de David Silva que batia todos os cantos da esquerda.

Com o Sporting a vencer por 4-0 estava na altura de Luis Gonçalves testar mais "brinquedos", e após o intervalo o Sporting retirou o lateral direito Flaviano Rosa e fez entrar Josué de Sá, saiu também o Nº10 Mauro Antunes que jogava a interior esquerdo e entrou Pedro Farinha, e saiu ainda o central André Oliveira para entrar Tiago Feiteira.
Por esta altura Altair já tinha passado pela ala esquerda mas começava agora a jogar mais no meio e cada vez mais na posição de interior esquerdo e notava-se como subia de produção pois tinha espaço para desenvolver o seu futebol, e escapar aos seus marcadores e aqui começou a demonstrar a sua qualidade de passe ao distribuir jogo.
Aos 52 minutos num livre de 30 metros com o seu pé direito o Brazileiro faz um golo soberbo e que só por si já justificava a sua presença no XI titular.

A ganhar 5-0 aos 56 minutos o Sporting fazia mais 2 alterações, saiam agora os 2 motores da equipa Danilo Serrano e Daniel Pereira e entrava o médio centro Diogo Freitas e o avançado Luis Carlos, e assim a equipa jogava agora com Luis Carlos a extremo direito, David Silva continuava na esquerda e Caraballo no meio. Altair estava agora a interior esquerdo, Pedro Farinha a interior direito e Diogo Freitas a trinco.
É certo que não esteve muito tempo em campo mas depressa Diogo Freitas evidenciou pormenores técnicos muito acima da média pois ao entrar fresco jogava como uma "enguia" escorregadia a "brincar" com o meio campo defensivo do Corroios que tinha dificuldades em lhe tirar a bola devido à sua excelente técnica e dinãmica de movimento.

Chegavam os 63 minutos e o Nº9 Peter Caraballo marcava o seu 1º da tarde (6º do Sporting), aos 69 Diogo Freitas elevava a contagem para 7-0, e 4 minutos depois o ponta de lança Caraballo fechava a contagem com o oitavo tento leonino. Tudo fácil, ridiculamente fácil e apesar de colectivamente o Sporting não ser uma equipa particularmente mecanizada mesmo assim teve individualidades que permitiram resolver o jogo e camuflar algumas deficiências inclusive ter falhado vário golos contra uma defesa do Corroios que em situações de bola parada facilitava em demasia.

O Mister Luis Gonçalves após o jogo estava como de costume sereno sobre a prestação dos seus pupilos embora objectivo o suficiente para saber que podem melhorar em várias vertentes. Estava orgulhoso das qualidades individuais, e muito confiante de que num futuro a médio prazo estes talentos individuais ao serviço do colectivo vão produzir um equipa muito forte que lhe dá todas as garantias.
O treinador Leonino disse desconhecer a data de quando o seu rival mais directo, o Benfica iria disputar o seu jogo em atraso mas revelou estar bem a par dos resultados, e capacidades do seu nemesis o qual respeita mas não teme. Luis Gonçalves elogiou ainda a capacidade do Benfica de jogar muito bem como equipa já por esta altura do campeonato, mas disse estar seguro que à medida que o campeonato avançar o seu Sporting que possui excelentes jogadores também se irá transformar numa excelente equipa, e que de momento a sua principal vontade era de dar oportunidades a todos. Expressou a sua felicidade por ter um plantel muito extenso, e que estava contente não só pelos recursos disponíveis mas também pelo facto de ter estreado mais 2 desses recursos neste jogo.



André Figueiredo


João Freitas, André Oliveira, João Ferro, Daniel Pereira, Altair Júnior, Danilo Serrano, Peter Caraballo e David Silva.


"Homem do jogo" David Silva


Altair Júnior

sexta-feira, novembro 17, 2006

Benfica 1 - 0 Sporting (Iniciados B), 12/11/2006




Este artigo está disponível na mais recente edição do semanário "Desporto Jovem" nas bancas desde Sexta-Feira 17 de Novembro.



André

segunda-feira, novembro 13, 2006

Juniores após 11 Jornadas



Marco Lança, 990 minutos.
João Martins, 990 minutos.
Daniel Carriço, 974 minutos.
Ricardo Nogueira, 901 minutos.
João Gonçalves, 880 minutos.
Vasco Campos, 825 minutos.
Alison Almeida, 766 minutos.
Rui Patricio, 720 minutos.
Tiago Pinto, 705 minutos.
André Pires, 661 minutos.
Fábio Paim, 595 minutos.
Adrien Silva, 423 minutos.
Rui Figueiredo, 360 minutos.
Yannick Pupo, 271 minutos.
Bruno Matias, 184 minutos.
André Martins, 180 minutos.
André Cacito, 156 minutos.
Vivaldo Arrais, 147 minutos.
André Santos, 29 minutos.
Marco Matias, 27 minutos.
Tiago Pedrosa, 16 minutos.
Jorge Abreu, 0 minutos.
Tiago Jorge, 0 minutos.

Goleadores:

Ricardo Nogueira, 10 golos (em 901 minutos).
Daniel Carriço, 4 golos (em 974 minutos).
Marco Matias, 3 golos (em 27 minutos).
Fábio Paim, 3 golos (em 595 minutos).
Bruno Matias, 2 golos (em 184 minutos).
André Pires, 2 golos (em 661 minutos).
Alison Almeida, 2 golos (em 766 minutos).
André Cacito, 1 golo (em 156 minutos).
Adrien Silva, 1 golo (em 423 minutos).
Tiago Pinto, 1 golo (em 705 minutos).
João Gonçalves, 1 golo (em 880 minutos).
João Martins,1 golo (em 990 minutos).

Rui Patricio, 4 golos sofridos em 810 minutos (avg de 1 em cada 202,5)
André Martins, 3 golos sofridos em 180 minutos.

Indisciplina:

João Martins, 4 Cartões amarelos.
Marco Lança, 2 Cartões amarelos.
Ricardo Nogueira, 2 Cartões amarelos.
Daniel Carriço, 1 Cartão amarelo.
João Gonçalves, 1 Cartão amarelo.
Vasco Campos, 1 Cartão amarelo.
Yannick Pupo, 1 Cartão amarelo.

O Sporting tem-se mantido fiel ao seu 4-1-2-3 que é a táctica mestre nas camadas jovens e utilizada pelos Juniores, Juvenis e Iniciados. Na penultima jornada em Setúbal o Professor testou de inicio um 4-4-2 e com o resultado de 5-0 terá ganho confiança para voltar a testar novas tácticas mas sem abdicar da já mecanizada 4-1-2-3.

Vs Alverca ao minuto 75 entrava o avançado Marco Matias por troca com médio ofensivo André Pires, com a entrada do Marco verifiquei que no XI ainda estava Alison Almeida, Bruno Matias e Ricardo Nogueira e assumi que um dos 4 iria descair para o meio-campo para manter a integridade do 4-1-2-3. Para alguma surpresa minha constatei que o Sporting atacava com 4 avançados, inicialmente Marco Matias na esquerda, Bruno Matias e Ricardo Nogueira no meio e Alison Almeida na ala direita, olhando mais para trás apenas João Martins e Yannick Pupo estavam no meio-campo. Assumi incorrectamente que se tratava do 4-4-2 atacante que havia sido testado 8 dias antes em Setúbal.

Verifiquei ainda que os 4 da frente trocavam constantemente de posição e faziam lembrar o 4-2-4 de Arsene Wenger em 2003/04 no qual Patrick Vieira e Gilberto Silva seguravam o meio-campo e permitiam a Ljungberg e Pires subirem pelos flancos e Thierry Henry e José António Reys jogavam no eixo do ataque mas numa linha avançada com constantes trocas posicionais com Henry a descair pelos flancos, Reyes a cair pela esquerda e Ljungberg e especialmente Robert Pires a fazer diagonais (e golos uns atrás dos outros) para suprir a ausência dos seus colegas no eixo.
Com a chegada de Robin van Persie e as expectativas criadas à volta de Jeremy Aliadiere muito se especulou que Wenger estaria a preparar a sucessão de Pires e Ljungberg para a próxima decada mas com a saida de Patrick Vieira o Arsenal nunca mais foi capaz de manter o seu 4-2-4 e ao fim de 1 ano Wenger abandonou o esquema em favor de 4-5-1 com Fabregas e Gilberto agora a segurar o meio.

Curiosamente quando perguntei ao treinador adjunto Gonçalo Pedro se tinham jogado em 4-4-2 em Setúbal ele disse que sim mas quando lhe mencionei que após a entrada de Marco Matias haviam convertido o 4-1-2-3 em 4-4-2 ele de imediato disse que não se tratou de um 4-4-2 mas sim de um 4-2-4.

Não entendi sacrificarem o Fábio Paim para a entrada de Bruno Matias, Paim estava a jogar bem e com muita genica e vontade de mostrar serviço.

Bruno Matias até agora parecia o tipico jogador que se não entrar de inicio no jogo então tem muitas dificuldades em entrosar-se mas nesta 11ª jornada o Bruno entrou como suplente e entrou muito bem, energético e objectivo e sem dúvida mesmo não marcando golos fez a melhor exibição (das que eu já vi) desde que está ao serviço dos Juniores.

André Pires saiu mas tenho que dizer que estava a jogar bem, parece melhor do que nas jornadas iniciais nas quais muitas vezes parecia ter mais responsabilidade no XI do que João Gonçalves mas agora parece merecedor dos minutos que vem jogando, é um dos vários jogadores que parecem vir a subir de forma no último mês.

Ricardo Nogueira, cada vez mais entrosado num modelo de jogo cada vez mais mecanizado e cada vez a fazer mais golos, não é muito alto (1,78) mas é bom cabeceador, é um jogador que tem algumas semelhanças com Liedson e Thierry Henry (com o devido exagero), não é um grande ponta-de-lança nato mas é um bom jogador que joga a ponta-de-lança.
Não é um homem de área que jogue fixo, descai imenso pelos flancos quer para defender quer para vir buscar jogo ala Liedson, e um pouco à imagem de Thierry Henry ele também vem até ao meio-campo buscar jogo e joga muito e constroi muito jogo nos últimos 50 metros. É certo que falha alguns golos relativamente fáceis mas já tem uma média de 1 golo em cada 90 minutos e marcou 6 golos nos últimos 3 jogos.
Não é alto, não é possante, não pressiona muito (não tem caractersiticas para isso), e não joga muito pelo meio mas quando os centrais já se esqueceram dele lá vem o "Stealth Bomber" marcar mais um golo.

Penso que seria muito interessante Vs uma equipa mais fraca ver o Sporting jogar em 4-4-2 (não necessáriamente de inicio) com Ricardo Nogueira e Marco Matias no eixo de ataque, têm algumas semelhanças mas também se complementam, penso que Nogueira e o Marco ou então Nogueira e o Cacito se complementariam melhor que Nogueira e Bruno Matias.
Com Nogueira, Marco Matias e Carriço dentro da área as hipóteses de marcar de cabeça numa jogada de bola parada são muito boas. O Marco Lança (belissímo jogador que raramente é elogiado) também já merecia um golito de cabeça.
Se os adeptos deixarem de pedir ao RN9 que seja o Diogo Tavares talvez se apercebam que o Nogueira não tem as mesmas caracteristicas mas está a mostrar que à medida que a sua forma vai subindo é ele também um jogador a ter em conta.

O João Gonçalves rende muito mais quando lhe dão as funções de Nº10 e não lhe colocam o André Pires ou Yannick Pupo a jogar ao seu lado como 2º criativo, se lhe pedirem que defenda ou faça transições ele joga sempre menos, se lhe colocarem um trinco atrás e um Nº8 como o Adrien Silva ao seu lado para fazer transições mas que deixe as rédeas só para ele então o João sobe logo de produção. Seria interessante ver este jogador a jogar num losango com ele no vértice superior. Muito boa técnica e boa estampa fisica mas quando defende em grande profundidade parece um Relógio solar no meio de um céu nublado. Até agora parece ser um jogador com bom potencial mas algo inconstante., uma versão maior mas menos atlética do Carlos Martins.



André Figueiredo

sábado, novembro 11, 2006

Sporting 6 - 1 Alverca. 11ª Jornada de Juniores.



Sporting aos 75 minutos a jogar agora em 4-2-4


Leões muito fortes, Alverca muito lento.

Numa tarde de Novembro com um clima fantástico os adeptos puderam presenciar um jogo de futebol em que o Sporting jogou bem, e venceu com toda a justiça uma equipa do Alverca que nunca mostrou argumentos técnicos ou atléticos para impedir os Leões de chegar a um "score" gordo, e inteiramente merecido.

O Sporting entrou com o seu habitual 4-1-2-3 "artilhado" com o quarteto defensivo de Tiago Pinto na esquerda, Marco Lança e Daniel Carriço (Capitão) no eixo, e Vasco Campos na direita. Um meio campo com João Martins (Sub-Capitão) a trinco, João Gonçalves a interior direito e André Pires como interior esquerdo. Na frente de ataque nada de novo, com Fábio Paim na direita, Alison Almeida na esquerda e o goleador Ricardo Nogueira no eixo do ataque. A novidade foi mesmo o regresso do Keeper André Martins de regresso (jogou na 4ª jornada) à baliza Leonina enquanto Tiago Jorge estava no banco, e Rui Patricio ficou de fora por opção técnica, e possívelmente devido à lesão do Guardião Senior Tiago Ferreira os dirigentes Leoninos quiseram certificar-se que Patricio está apto a jogar pelos seniores e não arriscaram a sua presença em campo.

A equipa do Alverca entrou com exactamente o mesmo esquema táctico (4-1-2-3) com Gonçalo Ruivo na baliza, quarteto defensivo de Nuno Batista na esquerda, Miguel Fernandes (Sub-Capitão) e Marco Baixinho no eixo, e Ricardo Godinho na direita. O meio campo tinha Cristiano Lima a trinco, Jorge Afonso e Bacar Sano a "interiores" e na frente Fábio Tourita na ala esquerda, Fábio Martins (Capitão) na direita e Leonel Correia no meio.

O 4-1-2-3 da equipa Ribatejana só existiu mesmo no papel porque na realidade evoluiu muitas vezes para um 4-2-1-3 de contenção quando a equipa se via forçada a defender, e verdade seja dita a equipa de Alverca viu-se forçada a defender durante quase o jogo todo pois a posse de bola dos Leões foi esmagadora.

Se os Leões eram mais fortes que o adversário como equipa então o microcosmos desse desnível era sem dúvida ver Fábio Paim a passar pelo lateral esquerdo Nuno Batista com uma facilidade ridicula à medida que o extremo Sportinguista passou pelo Nº5 tantas vezes e de tantos feitios que eventualmente o central Miguel Fernandes (na esquerda do eixo) já se desviava para a esquerda para vir dobrar o colega de sector ou para assumir pessoalmente a função de marcação ao tecnicista Paim.

Aos 6 minutos o Capitão Daniel Carriço marcou o seu 4º golo da época quando inaugurou o marcador com relativa facilidade após um jogada de bola parada. Era uma vantagem normal, resultado da diferença de qualidade que se via entre as duas equipas, especialmente em termos de qualidade de passe nas trocas de bola, e capacidade de imprimir velocidade ao jogo através de uma maior capacidade atlética. Em algumas ocasiões o Sporting circulava a bola com 20 passes seguidos até a perder enquanto os forasteiros tinham dificuldades em conseguir sequências de 3 passes seguidos sem perder o esférico.

Com o Sporting a dominar com naturalidade mas sem nunca forçar muito, era de esperar que os Leões depressa pudessem construir uma goleada saudável, mas durante os 30 minutos que se seguiram ao golo Leonino a verdade é que os Leões colecionaram oportunidades de golo mas nunca conseguiam concretizar. Tipico desta equipa foi a sua habitual defesa sólida, meio campo versátil, e a sua finalização com timing inconstante, e pouco pressionante dentro da área. Parecia que os Leões só conseguiam marcar de bola parada. Bolas no poste, remates perto da trave, jogadas perigosas mas sem conclusão, enfim, viu-se de tudo.

O intervalo estava próximo, e o Sporting já merecia estar a ganhar por 3-0, mas se só de bola parada a bola entraria na baliza então assim teria de ser, e aos 38 minutos Ricardo Nogueira meteu mais um golo após livre de Tiago Pinto. Mais bolas paradas? Porque não, aos 42 minutos André Pires marca o 3º golo, após mais uma jogada de bola parada, e assim o Sporting vai para as cabines com os merecidos 3-0.

Os visitantes demonstravam ser uma equipa fraca, a unidade que mais se fez notar em termos de talento foi o trinco Cristiano Lima cuja qualidade técnica é mais que óbvia e salta bastante logo à vista no seu toque de bola. O avançado centro Leonel Correia também deu indicações de ter boa leitura de jogo, bom posicionamento, e deu alguns calafrios a Carriço e Lança quando jogava no limite do off-side tentando receber bolas longas quando o Alverca se via reduzido a táctica de "Kick and Rush". O médio Bacar Sano jogava sempre na jurisdição de João Martins mas apesar de ser quase 10 centimetros mais alto não lhe ganhou uma única bola de cabeça, e evidenciou mais força fisica do técnica apurada. O lateral direito Ricardo Godinho na 2ª parte teve que lidar com Fábio Paim que agora tinha mudado de flanco mas Godinho mostrou estar uns furos acima do seu colega Nuno Batista.

Aos 45 minutos entra o "matulão" Gonçalo Silva e posiciona-se como ponta de lança, e o Nº9 Leonel Correia reposiciona-se como extremo esquerdo e com esta mudança a equipa ganha dinãmica ofensiva pela esquerda mas sem perder presença no meio à medida que Correia e Silva combinam muito bem e tornam os forasteiros mais perigosos.
Aos 50 minutos o Alverca num livre directo marca um belissimo golo com execução técnica irrepreensível de Fábio Martins que mete a bola no canto superior direito onde André Martins nunca chegaria. O Keeper Leonino não jogava desde 16 de Setembro quando teve uma exibição fraca Vs Pescadores, e nesta jornada foi mais feliz mas continua com algumas deficiências pois insiste em largar a bola dentro da área e as suas saidas tem que ser mais rápidas e bem pensadas pois muitas vezes hesita quando não deve e noutras sai ao encontro da bola quando não devia.

Aos 65 minutos o Professor Luís Martins faz entrar Yannick Pupo para interior direito e Bruno Matias para extremo esquerdo. e nos 19 minutos seguintes seguiu-se mais um "vendaval" Leonino que duplicaria o score a favor doa da casa. Aos 69 minutos o furtivo Ricardo Nogueira marca o 4º golo do Sporting, o seu 2º golo da tarde e já é o seu 10º golo da época. Ao minuto 77 entrava Marco Matias, e então surgiu a táctica alternativa do Sporting que já havia sido testada a espaços noutras jornadas. Com apenas João Martins e Yannick Pupo no miolo o Sporting mudou de 4-1-2-3 para um 4-2-4 muito arrojado sentindo que a vitória 4-1, e a falta de animo do adversário lhe permitiria jogar a seu prazer e testar alternativas. O quarteto ofensivo era agora constituido por Bruno Matias na esquerda, Ricardo Nogueira e Alison Almeida como dupla de pontas de lança e Marco Matias a extremo direito, mas atenção, este quarteto mudava as suas peças constantemente com Bruno Matias a trocar com Nogueira e Alison com Marco Matias (que chegou a passar pela ala esquerda) num jogo de trocas posicionais que provocou uma monumental dor de cabeça ao Alverca, e providenciou um autêntico show the futebol de ataque. 5 minutos após a sua entrada e Marco Matias já fazia o 5º golo dos Leões e 2 minutos depois o 6º.
O jovem Marco Matias demonstrou ser um avançado polivalente, com potencial tanto para jogar no eixo de ataque como na ala direita onde forneceu ao XI caracteristicas diferentes de Paim ou Alison, é Júnior de 1º ano e não tem jogado muito mas apresenta uma estampa fisica considerável, bom timing na finalização e muita estaleca em campo.

André Figueiredo



Marco Matias


Treinador Adjunto Gonçalo Pedro

segunda-feira, novembro 06, 2006

900 minutos de Juniores



Campeonato de Juniores ao fim de 10 jornadas (900 minutos):

Marco Lança, 900 minutos.
João Martins, 900 minutos.
Daniel Carriço, 884 minutos.
João Gonçalves, 818 minutos.
Ricardo Nogueira, 811 minutos.
Vasco Campos, 735 minutos.
Rui Patricio, 720 minutos.
Alison Almeida, 676 minutos.
Tiago Pinto, 615 minutos.
André Pires, 586 minutos.
Fábio Paim, 533 minutos.
Adrien Silva, 423 minutos.
Rui Figueiredo, 360 minutos.
Yannick Pupo, 243 minutos.
Bruno Matias, 156 minutos.
André Cacito, 156 minutos.
Vivaldo Arrais, 147 minutos.
André Martins, 90 minutos.
André Santos, 29 minutos.
Tiago Pedrosa, 16 minutos.
Marco Matias, 12 minutos.
Jorge Abreu, 0 minutos.
Tiago Jorge, 0 minutos.

Goleadores:

Ricardo Nogueira, 8 golos (em 811 minutos).
Fábio Paim, 3 golos (em 533 minutos).
Daniel Carriço, 3 golos (em 884 minutos).
Bruno Matias, 2 golos (em 156 minutos).
Alison Almeida, 2 golos (em 676 minutos).
Marco Matias, 1 golo (em 12 minutos).
André Cacito, 1 golo(em 156 minutos).
Adrien Silva, 1 golo (em 423 minutos).
André Pires, 1 golo (em 586 minutos).
Tiago Pinto, 1 golo (em 615 minutos).
João Gonçalves, 1 golo (em 818 minutos).
João Martins,1 golo (em 900 minutos).

Rui Patricio, 4 golos sofridos em 810 minutos (avg de 1 em cada 202,5)
André Martins, 2 golos sofridos em 90 minutos.

Indisciplina:

João Martins, 4 Cartões amarelos.
Marco Lança, 2 Cartões amarelos.
Ricardo Nogueira, 2 Cartões amarelos.
Daniel Carriço, 1 Cartão amarelo.
João Gonçalves, 1 Cartão amarelo.
Vasco Campos, 1 Cartão amarelo.
Yannick Pupo, 1 Cartão amarelo.

Observações:

Ao fim de 10 jornadas disputadas os Juniores do Sporting em 2006/07 já somam 9 vitórias consecutivas e apenas 1 empate, 28 pontos acumulados, 25 golos marcados e 6 sofridos comparado com os Juniores do Sporting em 2005/06 que após 10 jornadas tinham 9 vitórias e 1 derrota, 27 pontos acumulados , 25 golos marcados e 3 sofridos.

Desde que o Professor Luís Martins optou por colocar em campo um quarteto defensivo composto por 4 Juniores de 2º ano; Tiago Pinto, Vasco Campos, Marco Lança e Daniel Carriço que a defesa leonina solidificou imenso e o Sporting não sofre golos já lá vão 377 minutos desde que sofreu um golo de grande penalidade do Louletano aos 73 minutos no dia 14 de Outubro quando decorria a 6ª jornada.

Ao fim de 9 jornadas em que o triangulo defensivo de João Martins, Marco Lança e Daniel Carriço permanecia intacto ao ponto de os centrais Tiago Pedrosa e Jorge Abreu serem convocados mas nunca utilizados, finalmente o central Tiago Pedrosa (15/06/1989) teve a sua chance de jogar ao substituir Daniel Carriço ao minuto 74 Vs Vitória de Setúbal.

Adrien Silva já é o Junior de 1º ano mais utilizado (423 minutos).



André Figueiredo

domingo, novembro 05, 2006

Sporting 1 - 1 Benfica (8ª Jornada de Iniciados)

A caminho de Alcochete os adeptos esperavam justificadamente ver um possível clássico envolvendo os campeões em titulo Sporting com 27-1 em golos e a equipa Benfiquista que vinha para este jogo com 37-0 em golos, apenas menos um ponto que os Leões mas com menos 1 jogo.
No meio campo o Benfica foi claramente superior, nas faixas laterais igualmente, mas no eixo defensivo as equipas apresentavam igual qualidade e no sector de finalização nem uma nem outra pareciam particularmente fortes e dai o "score magro" de 1-1 dar a ideia de igualdade de forças. Mas na realidade o resultado final é enganador pois os encarnados foram incontestávelmente superiores aos anfitriões num jogo que foi na sua grande maioria jogado no meio campo ou nas faixas laterais onde o Benfica inteligentemente manteve o Sporting de maneira a rentabilizar as suas melhores unidades num jogo em que dominou (e o Sporting se deixou dominar) mas em que não houve grandes oportunidades de golo.
O Benfica penou apenas pela falta de qualidade do seu sector finalizador pois é claramente mais fraco (apesar de ser o melhor ataque do campeonato) que a sua defesa e bastante mais fraco que o seu meio-campo pois o Benfica dominou mas não goleou porque não conseguia transformar em golos a sua superior circulação de bola.

Tendo presenciado a equipa Leonina em várias ocasiões não tinha duvidas que eram fortissimos não só em termos de qualidade individual (mais que o Benfica) como também e especialmente em termos de funcionamento do colectivo, pressionavam imenso no ataque e exibindo uma frescura fisica notável, mas nesta jornada essa equipa nunca apareceu em campo, e os Iniciados Benfiquistas não só jogaram melhor como equipa como também não deixaram os Leões brilhar sendo em algumas ocasiões uma diferença confrangedora em termos de qualidade de circulação de bola e recuperações da mesma.

O Benfica não foi ligeiramente melhor, o Benfica foi claramente melhor ao longo do jogo e em particular na primeira parte, isto foi devido ao facto de jogarem mais como equipa mas também ao facto que o Sporting jogou pouco e francamente mal tendo em conta as expectativas. Com os 2 factores somados a diferença era notável ao ponto de os forasteiros merecerem não só a vitória mas sim uma vitória razoavelmente expressiva.

Ambas as equipas alinharam em 4-1-2-3, na ausência do excelente central Miguel Seródio (que fora expulso na última jornada) jogou no seu lugar João Freitas, outra novidade foi a presença de Tiago Cerveira no banco de suplentes de onde não saiu e por último o facto de o Mister Luís Gonçalves apenas ter efectuado 3 substituições no jogo inteiro quando habitualmente faz 5 e faz 3 logo aos 35 minutos. Do lado Benfiquista o XI titular era o mesmo da última jornada com a excepção que o Keeper André Barata estava no banco e Fábio Reis era agora o titular.

O Sporting alinhou com João Santos na baliza, Rui Coentrão na lateral esquerda, Leandro Albano na Lateral direita, João Freitas e André Oliveira no eixo central, Daniel Pereira a trinco, Mauro Antunes a interior esquerdo, Afonso Taira a interior direito, Altair Júnior a extremo esquerdo, Pedro Farinha a extremo direito e João Couras a avançado centro.
Por sua vez o Benfica alinhou com Fábio Reis na baliza, Mauro Pereira na lateral esquerda, Aurélio Silvério na lateral direita, Diogo Azevedo e Ruben Nunes no eixo central, Marco Oliveira a trinco, José Graça a interior esquerdo e Ruben Pinto a interior direito, Diogo Coelho a extremo esquerdo, Tiago Romeira a extremo direito e Nelson Cunha a avançado centro.

O Sporting dominador de outras jornadas esteve irreconhecível com a excepção do Keeper João Santos que foi o melhor jogador sobre o relvado, algumas das unidades Leoninas de maior produção noutro jogos como é o caso do dinâmico Rui Coentrão foram "apagadas" pelos adversários. A circulação de bola Leonina foi mediocre, e em muitas ocasiões nem 2 passes seguidos conseguiam efectuar sem perder a posse de bola ao ponto de parecerem uma paródia de si próprios. Em recuperações de bola mostravam pouca raça mas acima de tudo pareciam muito nervosos, sem confiança e cometiam erros tipicos de amadores e que em nada espelhava a qualidade que já demonstraram noutros jogos.
Os laterais Benfiquistas Silvério e Pereira jogaram muito bem, em particular Aurélio Silvério deu show na maneira como recuperava bolas aos Leões pelo flanco e como forçava estes a cometerem erros devido á pressão que os sujeitava ao ponto de os Sportinguistas escorregarem, fazerem passes infantis, recepções de bola com demasiado ressalto, etc.

O Benfica inicialmente começou por esquecer por completo o centro do terreno para fazer investidas, e sómente se preocupou com as alas onde demonstrou ser capaz de imprimir uma acutilância demolidora. Nos primeiros 10 minutos canalizou todo o seu jogo na ala esquerda onde Diogo Coelho pressionou bastante e sempre conseguiu criar jogadas perigosas que cedo deram a entender algum desnivelamento entre as 2 equipas.
Leandro Albano nunca perdeu a calma sob a pressão vermelha mas a verdade é que ele e os seus colegas de sector sentiram muitas dificuldades em suster um Benfica que apesar de não ter sofrido um único golo até então mesmo assim jogava com 10 jogadores acima da linha média quando tinha posse de bola, para fazer uma pressão sufocante comparada com o Sporting que jogava com apenas 7 jogadores além do meio campo.

Na tentativa de confundir os seus marcadores, Altair Júnior muitas vezes trocava de posição com o Nº9 João Couras, mas a defesa Benfiquista estava razoávelmente sólida e mostrava frieza. O Brazileiro Altair mostrou pormenores interessantes em termos de qualidade técnica e possui uma boa estampa física, mas tem que aprender a soltar a bola para evitar ouvir a alcunha de "Paim Júnior" vinda dos adeptos descontentes.

Após o golo do central Ruben Nunes aos 25 minutos o Benfica ganhou ainda mais animo e a partir dai começou a explorar também o centro do terreno onde sómente o Leão Daniel Pereira parecia descomplexado o suficiente para jogar com cabeça fria, mas unidades como Afonso Taira e Pedro Farinha fizeram pouco para justificar a titularidade.

Num momento hilariante o árbitro Valente Mendes aos 30 minutos (em vez de 35 minutos) apita para final da 1ª parte. Fiquei incrédulo e bem depressa vieram os impropérios das bancadas a alertar para o facto de o jogo ser suposto durar 70 minutos e não 60. O Sr Mendes percebeu o seu erro e mais de um minuto depois deu ordem para o jogo continuar mas não deu prolongamento apesar de ter "queimado" 90 segundos com o seu equivoco. No final do tempo regulamentar (agora com o score 1-1) o Sr Mendes decidiu dar 5 minutos de prolongamento após uma 2ª parte que não teve paragens que justificassem tanto tempo extra.
A arbitragem em geral foi mediocre e o Sr Valente Mendes prejudicou ambas as equipas (ligeiramente mais o Sporting), e em algumas ocasiões marcava falta e parecia indeciso e assim brandou muito o ritmo de jogo com estas paragens mas não foi por causa dele que o Benfica em grande parte dominou o jogo.

Veio a 2ª parte e o Sporting jogava menos mal que na primeira, e o Benfica apesar de dominar em circulação de bola e recuperações da mesma não criava muito perigo no sector de finalização, era um dominio menos pronunciado mas no qual o Sporting continuava muito nervoso e apressado, e insistia em passes aéreos longos que entregavam quase sempre a bola ao adversário, e sómente no final começaram a apostar em passes rasteiros para fazer a bola chegar aos avançados.
A equipa encarnada fez entrar o médio ofensivo Rui Silva que demonstrou pormenores interessantes, com uma capacidade de controle de bola acima da média, e chegou a fintar 4 jogadores na defensiva Sportinguista até um corte em desespero afastar o esférico.

No meio de tudo isto o Mister Luís Gonçalves nunca perdeu a calma apesar da ineficácia gritante da sua equipa em circular a bola, e a 8 minutos do final o Mister retira o trinco Daniel Pereira (que jogou bem) para introduzir o avançado Peter Caraballo que entrou bem no jogo. A equipa recuou ligeiramente Ariclene Oliveira e Mauro Antunes no meio, e colocou Caraballo ao lado de João Couras, e assim passa efectivamente a jogar em 4-4-2 atacante. A equipa por esta altura joga melhor, os passes são rentes à relva e o Benfica sentindo o fim do jogo, e a ganhar por apenas 1-0 começa a pensar demasiado no possível empate.
Os encarnados agora evidenciam algum medo de arriscar pressionar muito à frente e assim recuaram, com o recuo do Benfica e o avançar de Caraballo e Couras o Sporting pressiona mais (mas com um futebol pouco apoiado), e o Benfica cómicamente deita tudo a perder quando o trinco Marco Oliveira faz um atraso de bola para o Keeper Fábio Reis. No meio da confusão resultante da "floresta de pernas" que tinha na sua área o Keeper Fábio Reis e o trinco Marco Oliveira não estavam em sintonia e a bola passa por todos e rebola lentamente na direcção da baliza perante os adeptos incrédulos com a sua sorte/azar. As bancadas explodem com o grito de "GOLO" 5 metros antes da "redondinha" entrar "em camera lenta" mas inevitávelmente na baliza dos visitantes.

Um golo caido do céu que em muito prejudicou a equipa Benfiquista que bem merecia a vitória e aqui se assumiu como a mais forte candidata ao titulo na zonal Sul.











André Figueiredo

quarta-feira, novembro 01, 2006

Sporting 3 - 0 Oeiras (9ª Jornada de Juniores).




Numa primeira parte que em muito se assemelhou ao jogo da 7ª jornada (Vs Massamá) o Sporting mais uma vez apresentou-se sem imaginação e sem chama para jogar com a contundência necessária para mandar no jogo. Como de costume a equipa apresentou-se em 4-1-2-3 mas com ligeiras alterações, desta vez Adrien silva esteve no banco e no seu lugar jogou Yannick Pupo enquanto Vivaldo Arrais foi titular mas desta vez no seu habitat natural na ala esquerda.

O Sporting esteve em campo com Rui Patricio na baliza e que nesta ocasião não esteve tão seguro como em outras ocasiões, o quarteto defensivo experiente de Vasco Campos na direita, Tiago Pinto na esquerda e o "muro" composto por Marco Lança (intransponível no jogo aéreo) e Daniel Carriço no eixo da defesa.
O trio no sector de construção foi João Martins a trinco, Yannick Pupo na direita como unidade de transição com responsabilidades tanto a defender como atacar e João Gonçalves na esquerda como organizador de jogo. No ataque o Sporting contou com Ricardo Nogueira como avançado centro e foi municiado por Alison Almeida na direita e Vivaldo Arrais na esquerda.
A equipa visitante começou a acabou sempre fiel a um 4-3-3 cujo sistema táctico era virtualmente igual ao do Sporting mas o modelo de jogo era claramente mais defensivo e o trio do meio campo revelava pouca elasticidade nos desdobramentos ofensivos onde Décio, Edson e especialmente Maicon tudo fizeram para "atolar" as unidades criativas Leoninas.

Como de costume Ricardo Nogueira joga muito solto e nunca se fixa na área mas à semalhança de Liedson é um trabalhador incansável e muitas vezes não se dá por ele (e não lhe dão o devido valor) mas a verdade é que este "Stealth Bomber" que tanto se preocupa em defender, em descer ao meio campo para trazer jogo, em descair pelas alas para procurar espaços etc mas mesmo assim quando os centrais já se esqueceram dele lá vem o Nº9 debaixo do radar e bombardeia o Keeper Bruno com 2 "bombas".
Com Nogueira a descair pelas alas era necessário aumentar a presença na boca da área e com isso em mente vimos Vivaldo Arrais muitas vezes abandonar o flanco e tentar partir os rins de Juliano e Joel (os centrais do Oeiras) mas estes astutamente nunca marcaram o velocista muito em cima e não seria por ali que Vivaldo iria brilhar.

Do lado dos forasteiros destaque para o extremo esquerdo Zito que muitas vezes surgiu nas costas de Vasco Campos e mostrou ser um talento interessante mas o qual Daniel Carriço nunca permitiu nenhuma graçinha pois o Capitão Leonino fechava o corredor direito sempre que Vasco Campos subia e com o evoluir do jogo o lateral direito Sportinguista percebeu também que teria de dar menos espaço e a partir dai foi Tiago Pinto que começou a subir mais (pela ala canhota) e foi dos mais batalhadores durante o periodo de insómnia colectiva na primeira parte.

Sem Adrien mas com Yannick o Sporting tinha essencialmente 2 fantasistas na sua linha média portanto em teoria seria fácil construir jogadas de perigo mas pouco ou nada se viu nos primeiros 45 porque o talentoso João Gonçalves não conseguia entrar no jogo e Vivaldo Arrais não conseguia ligar o meio-campo a Ricardo Nogueira, com ambas estas unidades em sub rendimento não foi surpresa ver ambos substituidos por André Pires e Fábio Paim ao minuto 46.

Com Fábio Paim em campo a equipa transfigurou-se e o jovem extremo entrou em campo cheio de ganas. André Pires entrou para a posição préviamente ocupada por João Gonçalves de interior esquerdo mas com Pires em campo a equipa começou logo a jogar com o meio campo mais adiantado ao ponto do 4-1-2-3 inicial se "esticar" para um 4-1-1-1-3 com André Pires a jogar mais adiantado e inserido no "buraco" mesmo atrás de Ricardo Nogueira ao ponto de em certas ocasiões André Pires ser practicamente o 2º avançado centro da equipa.
Com Fábio Paim a entrar motivado e André Pires a aumentar a pressão no sector de finalização a equipa jogou bom futebol, um "show". Se nos primeiros 45 tinha sido entediante então agora era autênticamente "tiro ao alvo" à medida que Paim, Nogueira, Pires todos tentavam a sua sorte.
Se no inicio Daniel Carriço era o "alicerce" no qual a equipa se erguia e João Martins e Tiago Pinto eram os 2 "geradores" a tempo inteiro então no 2º tempo a equipa encontrou-se e os golos aconteceram com naturalidade fruto de uma circulação de bola, acutilância ofensiva e inspiração colectiva que deu gosto de ver.

Yannick revelou algo que lhe desconhecia, um pé direito, se Vs Pescadores o pequeno Brazileiro sómente usava o pé esquerdo então neste jogo parecia só ser capaz de utilizar o direito e jogou bem, embora não seja um jogador de caracteristicas defensivas mesmo assim nunca se escondeu nas tarefas de auxilio a João Martins e quando o Sporting perdia a bola era dos primeiros a descair para trás ou para perseguir o transportador da bola ou para libertar João Martins para essas tarefas.

Nos últimos 15 minutos entrou o avançado Marco Matias (saindo Ricardo Nogueira que havia bisado) e foi directamente para a faixa direita e com isto verificou-se um reposicionamento no qual Fábio Paim jogava agora como extremo esquerdo, Marco Matias jogava encostado na direita e Alison Almeida (que havia começado como extremo direito) era agora o avançado centro da equipa. Na esquerda Paim era um extremo à moda antiga, tentava conquistar a linha de fundo ou para cruzar ou para depois penetrar a área enquanto Marco Matias nos últimos 20 metros flectia para a zona central numa diagonal na qual tentava rematar à baliza e assim viria a conseguir o 3º golo dos Leões e concluir uma 2ª parte de luxo na qual o Sporting serviu "Futebol Champanhe" aos amantes do desporto rei.




Victor Figueiredo